Árvores num Soneto
As palavras passam pela floresta a rir,
os pássaros preparam-se para voar
tentando chegar primeiro que o ar
ao sobreiro rasteiro lá longe a surgir.
Oh planícies de vastos castanheiros,
oliveiras, eucaliptos e bravos pinheiros,
distante, cortante, a sombra do lobo a uivar
e o vento a soprar tem na floresta seu lar!
Raízes, ramos, folhas e flores a germinar
tantos tesouros nos tens oferecido
que nós… insanos, só soubemos destruir.
Sentimos a vossa implacável fúria a ameaçar…
perdoem-nos, árvores, que vos temos esquecido
queremo-nos redimir e ver-vos, verdes, ressurgir.
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